EJA e suas particularidades

01/01/2016 11:52

Ao se colocar numa mesma sala de aula, um adolescente de 15 anos com o adulto de 40 ou até 70 anos, como já vivenciamos é de fundamental importância, o entendimento de que as diferenças vão além do que os simples números que representam suas idades. São mundos diferentes, realidades diferentes e, consequentemente; objetivos diferenciados.

Desta forma, somos levados então a nos questionar quais as implicações dessas diferenças para o processo do ensino e aprendizagem desses sujeitos. Portanto, independente da posição assumida deve-se ter em mente, ao realizarmos nosso trabalho com esses jovens e adultos, que cada sujeito, nesta modalidade de ensino é um universo específico e requerem atividades focadas em suas habilidades, expectativas de vida e de trabalho. Infelizmente, ainda, não acordamos para essa realidade, pois continuamos trabalhando, preparando nossas aulas como se houvesse um sujeito único, como ensina Weber – tipo ideal - para o qual se direciona o trabalho. No entanto, se faz necessário compreender que para lidar com essa diversidade, deve-se levar em conta, portanto, as particularidades.

Assim, a complexidade que acompanha o processo de ensino e aprendizagem não deve servir de justificativa para a realização de um trabalho pedagógico sem êxito, mas ao contrário; essa complexidade exige cada vez mais, ações e estratégias capazes de lidar com as variáveis que interferem no processo educacional. Nesse sentido, conhecer um pouco da história da educação de jovens e adultos, seus dilemas e percalços é fundamental para se desenvolver uma boa política educacional.